sábado, 31 de maio de 2008

Parlamento Português aprova acordo ortográfico




De Lisboa para a BBC Brasil


Acordo é primeiro passo para internacionalização da língua
Passados 16 anos desde a assinatura, Portugal aprovou nesta sexta-feira o acordo ortográfico, que unifica a forma como é escrito o português nos países lusófonos.

Apesar de polêmico, o texto foi aprovado por deputados de todos os quadrantes políticos – desde o CDS à direita, até o Bloco de Esquerda – com três votos contra e muitos deputados abandonando o plenário durante a votação.

As mudanças na forma de escrever o idioma em Portugal vão valer dentro de seis anos, enquanto no Brasil os livros escolares deverão ser mudados até 2010.

Questionado sobre o acordo, o escritor José Saramago, prêmio Nobel de literatura, optou por não entrar em polêmica: “Vou continuar escrevendo do mesmo jeito. Isso agora vai ser com os revisores”.


Vitória brasileira?
Houve grande polêmica em Portugal. A iniciativa contrária à reforma com maior impacto no país foi uma petição na internet, que tentava convencer parlamentares a votar contra o acordo. O documento, que criticava a proposta por entender que este significava que Portugal cedia aos interesses brasileiros, teve mais de 35 mil assinaturas desde o início do mês, grande parte delas de intelectuais.


“A língua portuguesa é o maior patrimônio que Portugal tem no mundo”, afirmou o deputado Mota Soares, do partido CDS. Ironicamente, dois deputados que encabeçaram a petição – Zita Seabra e Vasco Graça Moura – não estavam no plenário na hora da votação. Zita Seabra disse que, como é proprietária de uma editora, havia conflito de interesses para votar o texto.
Alterações
Os estudos lingüísticos que basearam o acordo indicam que os portugueses terão mais modificações do que os brasileiros. O dicionário português terá de trocar 1,42% das palavras, enquanto no Brasil apenas 0,43% sofrerão mudanças. Para os portugueses, caem as letras não pronunciadas, como o “c” em acto, direcção e selecção, e o “p” em excepto.

A nova norma acaba com o acento no “a” que diferencia o pretérito perfeito do presente (em Portugal, escreve-se passámos, no passado, e passamos, no presente).

Algumas diferenças vão continuar. Em Portugal, polémica e génesis manterão o acento agudo – o Brasil continuará escrevendo com o circunflexo.

Os portugueses manterão o “c” em facto – fato em Portugal é roupa – e vão tirar o “p” que no país não é pronunciado na palavra recepção.
Atraso
Aprovar as mudanças foi um longo processo. O conteúdo do acordo já tinha sido aprovado há 16 anos, mas não podia entrar em vigor sem que os Parlamentos ratificassem o protocolo modificativo.

O protocolo previa que o acordo entrasse em vigor quando três países aprovassem o acordo – e não todos os que falam o português, como estava no texto original. No ano passado, São Tomé e Príncipe foi o terceiro a aprovar o acordo, dando validade ao documento.

Para o governo português, a aprovação do acordo é o primeiro passo para existência de uma política internacional da língua portuguesa, que será anunciada quando Portugal assumir a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em julho deste ano.
“É necessário agora desenvolver uma política de internacionalização, consolidação e aprofundamento da língua portuguesa, e o acordo ortográfico é um instrumento para isso”, afirmou o ministro da Cultura, Antônio Pinto Ribeiro.

domingo, 25 de maio de 2008

Entrevista en HOY. El futuro de la Filología Portuguesa

En la edición de HOY aparece una entrevista con Juan Carrasco.

«Este es el momento, desde luego», asegura Juan Carrasco, profesor de Filología Portuguesa y director del Departamento de Lenguas Modernas de la Universidad de Extremadura (UEx). Se refiere a la adaptación de los estudios universitarios al Espacio Europeo de Educación Superior, que le ha llegado al conjunto de las filologías en un momento de declive.«Estamos todas las universidades igual», asegura. Esta semana, una jornadas han abordado la enseñanza del portugués en Extremadura y su futuro.
-¿Cuál es el futuro de la Filología Portuguesa?
-Dependerá de qué tipo de titulación podamos ofrecer, una titulación orientada a las salidas profesionales. Creo que debemos hacer un título más moderno, en la línea de lo que se hace en otros países europeos. Va a ser un grado (de cuatro años) muy básico, compartido los dos primeros cursos con Hispánica, Clásica y Francés, aunque todavía está por confirmar. Pero lo que queremos es darle luego distintas especialidades con los másters, los estudios de posgrado.
-¿Qué especialidades?-Principalmente tres: un máster de docencia, que será obligatorio para todos lo que quieran dedicarse a dar clases; un máster seguramente en traducciones, que todavía hay que concretar; y un tercero en lenguas aplicadas, por ejemplo, a empresariales, a actividades de turismo, judicial... Todos los alumnos salen de la facultad con dos idiomas, y lo que queremos es que nuestros alumnos dependan menos en su futuro laboral de cuántas plazas salen en los institutos para dar clases. Las salidas son muchas y el conocimiento de idiomas es algo que cada vez se pide más, en realidad, lo que se pide es un segundo idioma porque sólo con el inglés igualas a mucha gente.
-¿Los másters harán más atractiva la Filología Portuguesa?-Con esos perfiles es fácil que se consigan otras salidas profesionales, algunas en Extremadura y otras no. Hay que ser conscientes del tejido económico que hay en la región.
-¿Entonces hay futuro para las filologías en el nuevo marco universitario?-Por mucho que nos gusten, los estudios de Filología tal y como se conocen hoy pertenecen al pasado, no tienen entronque con la sociedad actual, las nuevas tecnologías... esto es un problema pero también lo podemos ver como una oportunidad para adaptarse, tenemos que dar una respuesta. Los estudios de Filología sólo tendrán futuro si saben adaptarse a las necesidades de la sociedad moderna.-La Filología Portuguesa abrió muchas expectativas cuando se implantó y, de hecho, la enseñanza del portugués en las Escuelas de Idiomas es un éxito.
¿Por qué en la Universidad no tiene alumnos?-Es algo que afecta a todas universidades donde se imparte: Santiago, Salamanca... El primer año que se impartió aquí, en 1999, tuvimos 38 alumnos, muchos, y en los otros centros donde se oferta el portugués, en Empresariales, Turismo, Económicas, Ciencias... tenemos que poner numerus clausus, pero es verdad que la gente lo que no quiere es convertirse en un filólogo, no quiere tener ese perfil profesional, lo que desea es tener un conocimiento de la lengua portuguesa, por gusto o porque eventualmente va a tener relación con Portugal o porque son empresas que quieren abrir mercado. Todo eso es una cosa y otra es convertirse en un profesional especializado en Filología.
-¿Han visitado institutos para captar más alumnos?-El problema añadido es que los alumnos de enseñanzas medias no saben que existe la Filología Portuguesa, son necesarias campañas para que no haya ese desconocimiento.

sábado, 24 de maio de 2008

As profissões

 Vendedor Comercio Sociedade Humor

Quando se fala em vendedores toda a gente imagina logo estereótipo do vendedor de enciclopédias que entala o pé na porta para não lha fecharem na cara. Mas há mais tipos ou sub-tipos dentro desta categoria: os assalariados, os comissionistas, os fixos, os ambulantes, etc. Todos eles têm características muito fortes e alguns tiques profissionais interessantes. Fascina-me particularmente o do armazém de peças.

A situação de partida é banal: um electrodoméstico ou quiçá o nosso carro sofreu uma pequena avaria - coisa simples até - que se resolve trocando uma peça, coisa que nós próprios podemos fazer. Basta ir a um armazém de peças levando a velha e comprar uma nova. Lá, porém, somos atendidos ao balcão por um indivíduo que é rigorosamente igual em qualquer parte do mundo; podem verificar à vontade! Passo a descrevê-lo.

Esse indivíduo tem em geral um nome invulgar tal como Eusébio ou Euclides mas também pode chamar-se Silva. Sofre obrigatoriamente de alguma doença crónica (rinite alérgica, tosse, caspa, estômago ou fígado e, nesse caso, terá uma cor esverdeada). Na altura que nos atende está a meio de uma crise. De mãos nos bolsos, casaco apertado e gola subida comunica em frases curtas e monocórdicas entrecortadas por fungadelas do nariz. O seu humor é como o tempo mas - muito importante! - nunca lhe falem do tempo que faz, de doenças ou de futebol!

Quando lhe mostramos a peça a sua reacção é invariavelmente a seguinte: olha-a demoradamente dando-lhe várias voltas segurando-a com uma mão enquanto a outra permanece no bolso. De seguida pede a opinião a um colega: - Olha lá, temos aí ainda alguma 375/B-78 em armazém? O colega por sua vez também examina a peça e afirma: - Esta não é a B-78, é a B-81, que é quase igual, mas não sei se temos... Pega num dossier com folhas plastificadas e confirma a referência da peça.

Entretanto entra no armazém um indivíduo que é imediatamente atendido e que cumprimenta toda a gente de modo familiar. Ficamos a saber que nenhum dos presentes está bom mas que, enfim, vai andando... O colega do primeiro vendedor é quem nos atende agora (o outro ficou a falar de futebol com o recém-chegado). Telefona para um terceiro colega de outra secção para saber da B-81. Pede-nos para aguardar. Nós aguardamos, que remédio. Enquanto espera ao telefone, vai entrando na conversa sobre futebol. Finalmente ficamos a saber que aquela peça já não se fabrica mas que existe um outro armazém que é capaz de a ter.

Teremos, assim, a felicidade de conhecer mais um vendedor deste ramo e de verificar que se comporta exactamente da mesma forma que o(s) anterior(es), com a diferença que veste uma bata castanha ou azul escura.



 Vendedor Comercio Sociedade Humor Automoveis

Outro sub-tipo particular desta profissão é o vendedor de automóveis. Se bem que, por um lado, apresente algumas semelhanças com o vendedor de apartamentos, por outro lado possui características únicas. É fácil reconhecermos um deles mesmo se não estiver no seu local de trabalho. O típico vendedor de automóveis veste sempre fato com casaco de fazenda em xadrez; os sapatos são clássicos, sola de cabedal, pretos ou castanhos; uma camisola de malha de gola em V exibe uma gravata com alfinete que destoa do resto da indumentária onde não falta um relógio de pulso.

O vendedor de automóveis traz sempre a cara impecavelmente escanhoada - é ponto de honra; a sua pele é clara (raramente apanha sol, mesmo nas férias); em contrapartida as maçãs do rosto são rosadas ou vermelhas porque é hipertenso. Esta sua patologia advém dos inúmeros almoços com clientes e colegas, onde consome invariavelmente uma dose de bife com ovo a cavalo acompanhado de arroz e batatas fritas; as comidas tradicionais ou regionais como o frango de churrasco, barriga de porco grelhada e tripas à moda do Porto são alternativas válidas; fruta ou vegetais não são do seu agrado; acompanha tudo com meia garrafa de vinho tinto. Com tudo isto e uma vida sedentária criou uma pequena barriga que o casaco disfarça.

Na verdade o vendedor de automóveis pode ser encontrado quase sempre em restaurantes a almoçar e a discutir futebol ou em cafés, a tomar a sua bica; nos intervalos permanece no stand, a ler o jornal (secção desportiva). De tempos a tempos surge um cliente. Pousa o jornal dobrado na página que estava a ler e pode então dedicar-se a exibir todo o seu conhecimento sobre os veículos de quatro rodas através de um discurso amigável e fluente adquirido durante muitos anos de experiência no ramo.

Ficamos então a saber que aquela marca nunca fez um modelo como aquele (excepto um que fez há muitos anos, que o nosso amigo já teve e que, se pudesse, teria conservado, não obstante já ter mudado de carro muitas vezes depois disso). Segue-se uma dissertação algo técnica sobre algumas características do modelo, sobre a sua motorização e equipamento de série enriquecida por narrações detalhadas de histórias pessoais e familiares. Este monólogo é acompanhado por uma demonstração exaustiva das diversas funcionalidades do veículo e da manipulação de todos os seus equipamentos, alavancas, botões, etc. e só é interrompido por uma ida à casa de banho para urinar (ouve-se claramente o barulho na sanita e a descarga do autoclismo).

Por fim, depois de nos convencer da excelência da máquina que temos à nossa frente, revela-nos em tom de confidência que afinal actualmente os automóveis são todos iguais pois são feitos nas mesmas fábricas. Portanto, não vale a pena escolher muito. Os vendedores de automóveis são todos iguais...

Mais profissões no blogue Obvious

Cantiga para não morrer



Cantiga para não morrer


Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.


Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.


Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.


E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.



Ferreira Gullar

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Gatos

Do blogue Amorizade

Hoje apetece-me dedicar este post linguístico à gataria…

Courtney Platt

Aqui ficam algumas expressões giras com os nossos amigos felinos!

  • aqui há gato (engano ou erro)
  • este rapaz é um gato (é muito giro)
  • gato escaldado de água fria tem medo (prov)
  • dar-se como cão e gato (dar-se mal)
  • de noite todos os gatos são pardos (na escuridão tudo se confunde)
  • passar gato por lebre (enganar)
  • gaticida - pessoa que mata gatos
  • gataria - ajuntamento de gatos
  • gatarrão - gato grande
  • gatar um ano - chumbar
  • gato-craveiro - lince
  • gato-de-madagáscar - lémure
  • parece um gato-pingado (estar molhado)
  • fazer de gato-sapato - maltratar alguém
  • gatázio - garra de gato
  • gatanhada - arranhadura de gato
  • miar - dar mios (som dos gatos)
  • miadela - acto de miar
  • ronronar - fazer ronrom
  • ronrom - ruído produzido pela traqueia do gato quando está feliz
  • o gato comeu-te a língua - pessoa calada
  • línguas de gato - biscoitos
  • tomar banho à gato - banho superficial
  • não poder com uma gata pelo rabo - estar fraco
  • a curiosidade matou o gato

Se conheces mais alguma expressão, partilha-a connosco!

Consultar ainda

  1. superstições com gatos
  2. informações gerais sobre gatos
  3. expressões idiomáticas muito interessantes

terça-feira, 20 de maio de 2008

“O que é isso do Mirandês?”

Eu estudei-o como um dialecto mas, segundo as últimas informações, já é considerado uma língua (ou será mais uma teoria linguística de uma vertente diferente à que tive acesso). E perguntam vocês, “o que é isso do Mirandês?”

"A língua mirandesa é um dialecto do asturiano. Língua românica falada no Norte da Península Ibérica. É falada em Terra de Miranda (Portugal), por quinze mil pessoas nas aldeias do concelho de Miranda do Douro e de três aldeias do concelho de Vimioso, num espaço de 484 km², estendendo-se a sua influência por outras aldeias dos concelhos de Vimioso, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Bragança.

O mirandês tem três dialectos (mirandês central ou normal, mirandês setentrional ou raiano, mirandês meridional ou sendinês) e a maioria dos seus falantes são bilingues ou trilingues, pois falam o mirandês, o português e o castelhano".

Eis uma excelente sugestão para um passeio! E já agora, uma vez que se fala de elevar a raia a património da humanidade, porque não fazer o mesmo com o Mirandês e o Barranquenho?

segunda-feira, 19 de maio de 2008

De terras do Mondego a terras raianas do Sever, um intercâmbio transfronteiriço luso-espanhol

O prometido é devido, e não é de estranhar que, nos passados dias 16 e 17 de Maio, logo após do dia de S. Isidro, o lavrador, a Escola Secundária Infanta D. Maria em Coimbra retribuiu a visita ao instituto “extremeño” Loustau-Valverde de Valencia de Alcántara.O intercâmbio, derivado de um projecto de aproximação entre as duas instituições, serviu para acercar os estudantes dos dois países e, acima de tudo, promover e divulgar o idioma português que cada vez apresenta mais estudantes nesta região espanhola fronteiriça com o Alentejo e, também, mostrar como funciona o sistema educativo “extremeño” nas suas vertentes de ensino secundário obrigatório, não obrigatório e, também muito importante, a formação profissional.
Após uma visita guiada ao instituto de Valencia de Alcántara, os alunos conimbricenses contactaram com a realidade da escola primária da localidade, a qual também foi alvo de visita, e conheceram, com a ajuda do Prof. José Manuel Corchero, docente oriundo desta região, um pouco da história desta cidade fronteiriça da qual D. Dinis abdicou em 1297 no tratado de Alcanises.
Após o regresso a terras lusas, em Castelo de Vide, onde o grupo pernoitou, no dia seguinte, sábado, o grupo de alunos da Escola Secundária Infanta D. Maria deslocou-se um pouco mais para o interior da região espanhola vizinha, mais precisamente para a cidade património mundial de Cáceres. Aí puderam contactar com a realidade desta cidade emblemática e histórica, como também desfrutar um pouco do ambiente que a mesma proporciona.
O departamento de língua portuguesa do Instituto Loustau-Valverde deseja expressar o seu bem-haja por esta actividade e espera poder voltar a participar em actividades com o seu congénere luso, quem sabe já em actividades de outro âmbito, mas com o idioma português sempre em destaque!

Reivindicação pelo português na França



domingo, 18 de maio de 2008

Dot.com


Águas Altas. Este é o nome de uma pequena e bela aldeia portuguesa do interior. Composta por gente humilde, Águas Altas está prestes a ser o centro do mundo. Tudo porque uma multinacional sediada em Madrid quer reclamar o nome do seu site para lançar uma água com o mesmo nome. Mas no interior da aldeia há quem queira vender o site à multinacional e quem, por outro lado, se mostre irredutível. Um diferendo que cai nas bocas do mundo e que arrasta uma enorme tempestade mediática e uma intervenção directa do Primeiro Ministro português. Está nas mãos dos aldeões gerir uma questão de identidade nacional perante a «invasão» espanhola.
Eis um filme que permite uma excelente oportunidade pedagógica e um bom momento de humor no contexto de uma aula de português para extrangeiros. Note-se também a presença de amores transfronteiriços...

Noticia en HOY. El portugués en la ciudad de Badajoz



Hoy domingo, 18 de mayo, se puede leer en HOY una noticia sobre el estado del portugués en la ciudad de Badajoz. En la foto nuestra querida compañera Fátima, profesora de portugués en el IES Domingo Cáceres.





Falamos português?
Sólo cuatro centros de Educación Secundaria en Badajoz tienen el idioma del país vecino como segunda lengua

O teu filho fala Português? (¿tu hijo habla Portugués?). Si es de Badajoz, lo tiene difícil. Sólo cuatro de los institutos de Badajoz imparten el idioma como segunda lengua. A pesar de estar a cuatro kilómetros de la frontera con Portugal, sólo 146 alumnos de secundaria han optado por esta asignatura. Y es que el portugués se abre camino muy lentamente en los institutos pacenses.La plataforma logística, un centro comercial en la frontera, negocios portugueses, y aún parece poco para que queramos aprender a hablar Portugués, o al menos entenderlo.

Cursos rápidos para trabajadores, cursos del Sexpe, cursos en academias, o la Escuela Oficial de Idiomas, son las opciones que existen en la ciudad para poder instruirse. Pero si la intención es que se enseñe a un niño, como se hace con el inglés en el colegio, la idea está aun lejana. En los institutos portugueses el Castellano ha pasado de ser segunda lengua a convertirse en primera en algunos centros. Y en Badajoz, situados en la Raya, aún cuesta adentrarse en el mundo luso, y los pacenses esperan que ellos sean los que hablen y se comuniquen en español.

Cuatro institutosLos institutos Maestro Domingo Cáceres, Reino Aftasí, San Fernando y San Roque son los cuatro centros que se atreven con Portugués, y no con Francés, como segunda lengua, que es el más habitual en el resto de centros.Impartir Portugués en los centros durante la educación Infantil o Primaria es absurdo desde el punto de vista de muchos profesores que imparten el idioma, quienes opinan que si la continuidad no existe, no tiene sentido que un niño se inicie en el idioma.

El colegio San Fernando es el único de los centros de la ciudad que comienza en la etapa de Infantil con Portugués, y los alumnos tienen la posibilidad también de cursarlo en Secundaria. En total, 414 son los alumnos de San Fernando que este año tiene esa asignatura. Pero el problema está en que no hay plazas para todos los alumnos en el instituto y tienen que irse a otros centros que posiblemente no la tengan. Joaquina, la directora del colegio, apoya la teoría de que, al menos, en los centros próximos al San Fernando continúen con la formación del idioma. «Si no, es una pena. Y lo que habíamos adelantado no sirve para nada».
Hijos de portugueses
Cada vez son más los portugueses que viven en Badajoz. Sus hijos van a centros españoles, por eso además de Portugués como segunda lengua, hay centros que tienen la asignatura de Lengua y Cultura Portuguesa, una disciplina que el colegio San Fernando también imparte. Según la directora, hace unos años se solicitó porque en el centro había niños descendientes de Portugal. Una vez solicitado, es la embajada portuguesa la que manda al centro a un docente para que enseñe esta asignatura.

Pero en el fondo, ¿será problema de los padres o de los alumnos? El instituto Reino Aftasí oferta a los matriculados esta asignatura. Este curso no se ha podido impartir porque no había suficientes alumnos.La directora del centro, Carmen Torrado, opina que esto es un problema de los padres. Se ofrecen otras disciplinas, taller de lengua o taller de matemáticas por ejemplo y, si su hijo lleva mal los números o las letras, lo va a matricular en estas materias de apoyo. «Son niños pequeños. Al final los que deciden son los padres, que prefieren que reciban ayuda en las materias en las que van más flojos». Carmen espera que en el próximo curso haya suficientes alumnos matriculados como para poder impartir este idioma.

La acogidaFátima Merino es licenciada en Filología Portuguesa y profesora en el instituto Maestro Domingo Cáceres. Según explica, la acogida de la lengua entre los chavales es muy positiva. Ellos aprenden, y además lo practican fuera de las aulas.«Hay días que llegan contándome historias de que encuentran a lusos por la ciudad y hasta intentan entablar conversación con ellos». No saben mucho más que preguntar la edad, el nombre o su procedencia. Pero la intención de los pequeños es lo importante.

Cada día, miles de portugueses cruzan la frontera y llegan hasta Badajoz por negocios, de compras o por ocio, una posibilidad para poder practicar y que, como cuenta Fátima, hay algunos que sí lo aprovechan. «Me doy cuenta de que mis alumnos están concienciados de la importancia que tiene el Portugués en la ciudad».Seguir la formaciónEsta profesora anima a sus alumnos para que sigan formandose y no abandonen los conocimientos adquiridos en el idioma. Existen muchas opciones, como la Escuela de Idioma, asignaturas de libre elección en la Universidad... «Hay que abrir los ojos y darse cuenta de que Portugal está ahí al lado» concluye Fátima.

ALUMNOS DE PORTUGUÉS

CP Ntra. Sra. del Rosario: 44
CP San Fernando (infantil): 146
CP San Fernando (primaria): 242
IES San Fernando: 26 IES
M. Domingo Cáceres: 104
IES Reino Aftasí: 0
IES San Roque: 15

sexta-feira, 16 de maio de 2008

JORNADAS DE LÍNGUA PORTUGUESA EM EXTREMADURA

CÁCERES, 20-21 DE MAIO DE 2008
Salón de actos de la Biblioteca Central de la UEX – Facultad de Filosofía y Letras (Cáceres)
Martes, 20 mayo 2008

Mañana
10.00 hs.

Inauguración de las Jornadas con la Conferencia de la Presidenta del Instituto Camões, D. Simonetta Luz Afonso, y Mesa Inaugural bajo la presidencia de la Directora de Acción Exterior de la Junta de Extremadura, D. Lucía Martín.

Otros miembros de la mesa:
el Vicerrector de Planificación Académica de la Uex, D. Francisco Javier Grande Quejigo;
el Decano de la Facultad de Filosofía y Letras, D. Luis Merino Jérez;
la Directora del Gabinete de Iniciativas Transfronterizas, D. Montaña Hernández;
la coordinadora del Centro de Lengua Portuguesa, D. Lígia Borges,

y el representate de la organización y catedrático de Filología Portuguesa, D. Juan M. Carrasco González.

- Presentación del primer número de la Revista de Estudios Portugueses, Limite.

Tarde

17.00 hs.

Mesa Redonda sobre la situación del portugués en España y en Extremadura.

Intervienen:

- Samuel Rego, director del Instituto Camões en Galicia, Lector de la Universidad de Santiago de Compostela.

- José Ignacio Martín, Escuela Oficial de Idiomas de Mérida.

- Juan Fernández, Escuela Oficial de Idiomas de Cáceres.

- César Gónzález, I.E.S. Profesor Hernández Pacheco de Cáceres

- Sandra C. Hurtado, Colegio Público Extremadura y “Clube de Leitura” de Cáceres.


Miércoles, 21 mayo 2008

Mañana
10.00 hs.

Comunicaciones de profesores/-as del Área de Filología Portuguesa.

Intervienen:

Filología Portuguesa: la gran desconocida en Extremadura. Campaña de difusión por los institutos de Educación Secundaria.

Participantes: Lola Amado y Carmen María Comino.

- "Portugués para fins específicos: um caminho a explorar no ensino de PLE na Extremadura".

Participantes: Iolanda Ogando, Ana B. García y Luísa Leal.

- Pasado, presente y futuro de la Filología Portuguesa en la Universidad de Extremadura.

Participante: Juan M. Carrasco.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Avaliação dos professores em Portugal







O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, o novo decreto sobre avaliação de professores, que consagra o entendimento assinado quinta-feira passada entre o Ministério da Educação e sindicatos de professores. O novo sistema entrará em vigor, ainda este ano lectivo, para cerca de 7 mil professores.


A avaliação docente, simplificada e aplicada de forma universal, terá em conta quatro factores: ficha de auto-avaliação, assiduidade, cumprimento do serviço distribuído e participação em acções de formação. Quanto às classificações, “regular” e “insuficiente” terão de ser confirmadas em nova avaliação no ano lectivo seguinte.



terça-feira, 6 de maio de 2008

Profissões populares do século XIX

Vamos lá pegar no dicionário... acho eu, porque dando uma vista de olhos estou a ver nesta lista algumas profissões de que não faço ideia. Muitas chegaram até hoje, mas outras se perderam com a passagem do tempo.



Lista ("incompleta" segundo o autor, Francisco Adolfo Coelho, 1847-1919) das profissões populares em Portugal, em 1896:



Abridor. Acendedor. Adelo. Aguadeiro. Albardeiro. Alcatroeiro. Alfaiate. Algebrista (endireita). Algibebe. Alvenel. Almocreve. Alqueireiro. Alveitar. Alviçareiro. Amolador. Andador de irmandade. Apicultor. Apontador. Aparelhador. Arameiro. Archoteiro. Armador. Armeiro. Arqueiro. Arrais. Arrieiro. Asfaltador. Assadeira. Assedadeira. Assentador de carris. Azeiteiro. Azulejador. Bauleiro. Bainheiro. Bandarilheiro (capinha). Bandeireiro. Barqueiro. Bate-folha. Belforinheiro (bofarinheiro). Bengaleiro. Benzedeira. Betumeiro. Boceteiro. Boieiro. Bolacheira. Botequineiro. Botoeiro. Bonifrateiro. Britador. Brochante. Brunidor. Bunheiro. Burriqueiro. Cabeleireiro. Cabreiro. Cabresteiro. Caçador. Cadeireiro. Caiador. Caieiro. Caixoteiro. Calafate. Calceteiro. Caldeireiro. Calista. Camiseiro. Camisoleiro. Canastreiro. Canteiro. Cantoneiro. Cantor ambulante. Capacheiro. Capador. Capataz. Capelista. Cardador. Cardeiro. Carniceiro. Carpinteiro (de machado, toscano, de branco, etc.). Carregador. Carreiro. Carrejão. Carroceiro. Carteiro. Cartonagens (fabricante de). Carvoeiro. Caseiro. Casqueiro. Castrador (capador). Catraeiro. Cavador (cavão). Cavouqueiro. Ceifeiro. Cerieiro. Cervejeiro. Cesteiro. Chamiceiro. Chegador. Chapeleiro. Chineleiro. Chocolateiro. Cinzelador. Clarificador. Cobrador. Cocheiro. Colchoeiro. Colhereiro. Colador de papel. Colmeeiro. Compositor. Concerta-loiça. Confeiteiro. Condutor de carros, etc. Conserveiro. Contrabandista. Conteiro. Copeiro. Cordoeiro. Corista. Coronheiro. Cortador. Corticeiro. Costureira. Couteiro. Coveiro. Cozinheiro. Cravador. Criado. Criador de gado. Curandeiro. Curtidor. Cuteleiro. Decorador. Dentista. Distilador. Dobadeira. Doceiro. Doirador. Embalsamador. Embutidor. Encerador. Encadernador. Engomadeira. Entalhador. Enxertador. Escoveiro. Esmerilador. Estanceiro. Esparteiro. Espartilheira. Espelheiro. Espingardeiro. Estafeta. Estalajadeiro. Estampador. Estofador. Estrumeiro. Estucador. Farinheiro. Faroleiro. Fazedor. Faz-tudo. Feitor. Ferrador. Ferreiro. Fiadeira, fiandeira. Florista. Fogueiro. Fogueteiro. Forjador. Formador. Formeiro. Forneiro. Fosforeiro. Fressureira. Fruteiro. Fulista. Fundidor. Funileiro. Futriqueiro. Furoeiro. Gaioleiro. Gaiteiro. Galinheiro. Galocheiro. Gameleiro. Gandaieiro. Ganhão. Gomeiro. Gravador. Gravateiro. Guarda-mato. Guarda-noturno. Guarda-soleiro. Horticultor (hortelão). Impressor. Inculcador. Instrumentista. Jardineiro. Joalheiro. Lacaio. Ladrilheiro. Lagareiro. Lampista. Lapidario. Lanifícios (fabricante de). Lapiseiro. Latoeiro (de amarello, de branco). Lavadeira (lavandeira). Lavador. Lavradeira. Lavrador. Lavrante. Leiloeiro. Leiteiro. Licorista. Linheira. Limonadeira. Limpa-chaminés. Loiceiro. Loiseiro. Luvista. Macarroeiro. Machinista. Maltez. Manteigueiro. Marceneiro. Marchetador. Marinheiro. Marmoreiro. Mecheiro. Melaceiro. Melancieira. Mercador. Merceeiro. Mergulhador. Marnoteiro (marroteiro). Mineiro. Moço de recados, fretes, etc. Modista. Moeiro. Moageiro. Moiral. Moldador. Moleiro. Moliceiro (sargaceiro). Montante. Musico ambulante. Obreiro. Odreiro. Oleiro. Oleiro. Olheiro. Ourives. Ovelheiro. Padeiro. Palheireiro. Palhoceiro. Paliteiro. Papeleiro. Palmilhadeira. Paramenteira. Parteira. Passarinheiro. Pasteleiro. Pastor. Pedreiro. Pegureiro. Peixeiro. Peleiro. Peneireiro. Penteeiro. Perfumista. Pescador. Picador. Picheleiro. Piloto. Pinceleiro. Pintor. Pisoeiro. Poceiro. Podador. Poleeiro. Polidor. Pregoeiro. Prensista. Queijadeira. Queijeiro. Quinteiro. Ramalheteira. Recortador. Recoveiro. Redes (fabricante de). Refinador. Regateira. Relojoeiro. Remador. Remolar. Rendeira. Retrozeiro. Rodeiro. Rolheiro. Roqueiro (fabricante de rocas). Roupeiro (que faz, guarda roupa). Roupeiro (pastor queijeiro). Saboeiro. Sachador. Sacristão. Salchicheiro. Salgador. Sangrador. Santeiro. Sapateiro. Sardinheira. Sebeiro. Segador. Segeiro. Seleiro (correeiro). Semblador. Serigueiro (sirgueiro, passamaneiro). Serrador. Serralheiro. Serzideira. Sineiro. Singeleiro. Soldador. Sombreireiro. Sopeira. Sota. Sumagreiro. Surrador. Taberneiro. Tabúa (fabricante de objectos de). Tamborileiro. Tamiceiro. Tanoeiro. Tecedeira. Tecelão (de lã, de algodão, de ourelo, de fitas de elastico, etc.). Telheiro. Tendeiro. Tintureiro. Toicinheiro. Toireiro. Torneiro. Toscano (carpinteiro). Tosquiador. Trabalhador. Trapeiro. Trintanario. Tripeiro. Trolha (codea). Tipógrafo. Valador. Vaqueiro. Varapoeiro. Varredor. Vassoireiro. Védor. Vendedor. Vendeiro. Vestimenteira. Vidraceiro. Vidreiro. Vinagreiro. Vindimeiro. Violeiro. Zagal, zageleto.


sábado, 3 de maio de 2008

Museu Oriente em Alcântara a partir de Maio

O presidente da Fundação Oriente, Carlos Monjardino, inaugura, a 8 de Maio, o Museu Oriente, no antigo armazém do bacalhau, na zona ribeirinha de Lisboa, em Alcântara.


A Fundação Oriente deixou cair a ideia de construir o museu na Praça de Espanha, onde tinha um projecto da autoria conjunta dos arquitectos Siza Vieira e I.M.PEI - o arquitecto chinês, autor da famosa pirâmide do Louvre.

Com a alteração dos planos ficou uma dívida de cinco milhões de euros da Câmara de Lisboa para com a Fundação.

Em causa, a aquisição dos terrenos da Praça de Espanha, local que os comerciantes nunca abandonaram e onde a Fundação Oriente não conseguiu construir o museu.

As condicionantes obrigaram a Fundação a comprar outro espaço para o novo museu, que implicou um investimento total de 30 milhões de euros. Agora, diz Carlos Monjardino, é preciso apertar o cinto.


(Fonte: www.rr.pt)