domingo, 21 de dezembro de 2008

Dor elegante


O brasileiro Paulo Leminski escreveu este poema, Itamar Assumpção compôs a música e Zélia Duncan cantou.


Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Como se chegando atrasado
Andasse mais adiante

Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha

Ópios, édens, analgésicos
Não me toquem nessa dor
Ela é tudo que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra

Ela é tudo que me sobra
Viver vai ser a nossa última obra



Cá podemos ver e ouvir Zélia Duncan, de guitarra na mão, a cantar os versos de Leminski.


Sem comentários: