Vale a pena ler os versos da brasileira Adélia Prado, nascida en Divinópolis (Minas Gerais) em 1935. Alguém daquelas bandas me falou dela e recitou este poema:
ENSINAMENTO
Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
2 comentários:
Belo!
Esqueci de dizer que sou Nieves, da EOI de Almendralejo, continuo a gostar deste blog, embora nos últimos tempos tenha feito poucos comentários. Agora tenho outro nome porque fiz um blog pessoal para falar e trocar comentários, etc. com portugueses. É por isso que escolhi este nome. Até já.
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