Por Assunção Cabral - Sol
«Afinal, devem-se dar dois beijos ou um? Parece que nunca acerto: ou me deixam de cara no ar, ou sou eu que deixo os outros. Na vida profissional isto torna-se ainda mais embaraçoso». Cátia Costa
Primeiro conselho: acabe de vez com a beijaroquice na vida profissional. Está a internacionalizar-se o simples aperto de mão, mesmo entre mulheres. E assim resolve um dos principais embaraços. Avance de mão estendida a torto e a direito, sem dar oportunidade a mais nada.
De resto, foi a relativamente recente mania mediterrânica de beijarocar a torto e a direito que trouxe o problema.
Há uns anos, as coisas eram simples: como os beijos só se davam num círculo restrito de intimidades, com grande uniformidade de educação e comportamentos, não havia estes sobressaltos.
Nos mais raros cruzamentos de círculos, ou de classes, a mais alta esforçava-se por não deixar a cara à banda da mais baixa. A uniformização crescente, mais as telenovelas, vieram alvoroçar estes costumes.
Até porque, sem referências claras, há os que se limitam secamente a um beijo e os que exigem dois.
Reconheço que a tradição portuguesa, como a espanhola e a francesa, era de dois beijos. As classes altas que se refugiaram em Inglaterra, no tempo das lutas liberais, trouxeram de lá o comedimento saxónico, o beijo único – mais simples, mais elegante, mais rápido.
O que eu gostaria mesmo era que os beijos voltassem a ser um cumprimento muito íntimo, e o problema deixava de se pôr. Mas, como o tempo não volta para trás, ainda vamos ter de ver muita cara abandonada no ar.
Primeiro conselho: acabe de vez com a beijaroquice na vida profissional. Está a internacionalizar-se o simples aperto de mão, mesmo entre mulheres. E assim resolve um dos principais embaraços. Avance de mão estendida a torto e a direito, sem dar oportunidade a mais nada.
De resto, foi a relativamente recente mania mediterrânica de beijarocar a torto e a direito que trouxe o problema.
Há uns anos, as coisas eram simples: como os beijos só se davam num círculo restrito de intimidades, com grande uniformidade de educação e comportamentos, não havia estes sobressaltos.
Nos mais raros cruzamentos de círculos, ou de classes, a mais alta esforçava-se por não deixar a cara à banda da mais baixa. A uniformização crescente, mais as telenovelas, vieram alvoroçar estes costumes.
Até porque, sem referências claras, há os que se limitam secamente a um beijo e os que exigem dois.
Reconheço que a tradição portuguesa, como a espanhola e a francesa, era de dois beijos. As classes altas que se refugiaram em Inglaterra, no tempo das lutas liberais, trouxeram de lá o comedimento saxónico, o beijo único – mais simples, mais elegante, mais rápido.
O que eu gostaria mesmo era que os beijos voltassem a ser um cumprimento muito íntimo, e o problema deixava de se pôr. Mas, como o tempo não volta para trás, ainda vamos ter de ver muita cara abandonada no ar.
1 comentário:
Dúvida Cruel, mas segundo experiencias, um beijo no Brasil e em Portugal sempre dois. O problema é que por aqui os homens tambem se beijam (especialmente entre familiares) e nunca sei quando aperto a mão ou estendo a cara...
Enviar um comentário