É que estaremos a conseguir alguma coisa?
Zamora, Espanha, 22 Jan (Lusa) - Portugal e Espanha comprometeram-se hoje a avançar com o ensino do português em Espanha e do espanhol em Portugal, num processo que os primeiros-ministros dos dois países classificaram como de particular importância.
Num primeiro passo formal desta estratégia, o Ministério da Educação português e a Junta da Extremadura (Espanha), assinaram hoje em Zamora um memorando de entendimento para a introdução do Português como língua Estrangeira de opção curricular no sistema educativo daquela comunidade autónoma espanhola.
O acordo, assinado na 24ª Cimeira Ibérica, que decorreu esta manhã nesta cidade espanhola, estipula que a Junta da Extremadura se compromete a adoptar todas as medidas necessárias para que o Português se torne língua de opção e avaliação curricular nos estabelecimentos de ensino do seu território.
Para o primeiro-ministro português, José Sócrates, trata-se de um acordo de "grande significado, importância e simbolismo".
"O ensino do espanhol em Portugal e do português em Espanha representa um avanço da maior importância, do ponto de vista das políticas culturais dos dois países", afirmou na conferência de imprensa de encerramento da cimeira.
"Isto honra a nossa histórica e o diálogo político que encetámos há já tantos anos", afirmou.
Também o primeiro-ministro espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, destacou a importância do acordo afirmando que os dois Governos partilham de uma "vontade firme" de "fazer valer, de forma conjunta, o que representam a língua portuguesa e o castelhano no mundo", onde são falados por mais de 650 milhões de pessoas.
Zapatero garantiu que é "desejo e vontade do espanhol" que a iniciativa já concretizada com a Extremadura seja agora "impulsionada noutras comunidades autónomas ou em áreas de determinadas comunidades autónomas".
"É uma boa notícia, representa uma visão compartida do futuro. O apoio recíproco ao espanhol e ao português é muito enriquecedor para os dois países, para as duas línguas e para os dois povos", disse Zapatero.
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