Como esta viagem que nos fez não tem regresso
Hoje só nos restam as cartas do futuro
Onde nunca mais possa vir prender-te o peso
Das amarras antigas vestidas de escuro
Larga-nos aos poucos pelas praias do mundo
Tu que só aceitas navegar em segredo
Pois só no fim do mar que não queira ter fundo
Poderá naufragar o sal do nosso medo
És madrasta ó mãe que não nos deixas deixar-te
Para nós criaste as regras certas da arte
De prometer tantas promessas não cumpridas
É pelos teus sonhos que há sempre alguém que parte
E é pela tua voz que voltamos para amar-te
Ai Portugal que voltas deste às nossas vidas!
Clara Pinto Correia
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