Aos 45 anos, dois anos antes de morrer, Fernando Pessoa escreveu:
Quando era criança
Vivi, sem saber,
Só para hoje ter
Aquela lembrança.
É hoje que sinto
Aquilo que fui.
Minha vida flui,
Feita do que minto.
Mas nesta prisão,
Livro unico, leio
O sorriso alheio
De quem fui então.
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